A trajetória de superação de Vladimir Frois mostra como a fotografia esportiva e a tecnologia podem mudar vidas
Belo Horizonte, início de 2024. O ano mal havia começado quando Vladimir J. L. Frois decidiu que sua trajetória como entregador chegara ao limite.
Depois de 13 anos entre entregas e ruas da cidade, sentiu que era hora de buscar um novo rumo.
Foi com um empréstimo e uma Nikon D60 nas mãos que deu os primeiros cliques em direção a uma nova vida.
A câmera, sem foco automático, mal permitia capturar com precisão. Mesmo assim, Vladimir se posicionava nas ruas do bairro Belvedere, onde carros importados passavam diante de olhares curiosos e muitas vezes debochados.
“Comecei fotografando na rua mesmo, aqui em BH, num bairro chamado Belvedere. Tinha muitos carros legais e pensei que podia treinar por ali. Eu nem conhecia a Fotto ainda e minha câmera nem foco automático tinha. Apanhei muito. Muita gente ria de mim, tirava sarro. Isso me incomodava. Aí fiz um curso básico de fotografia. Logo depois, tive a ideia de descer no kartódromo para tentar fotografar por lá. Eles deixaram. Eu ainda trabalhava como motoboy na semana e fotografava de graça nos fins de semana para aprender.” - lembra Valdimir
Vladmir fez um curso básico de fotografia, aprendeu com os erros e, aos poucos, encontrou um lugar para recomeçar: o Kartódromo.
Entre corridas e fins de semana sem dormir, a paixão antiga pelo esporte (ele mesmo já foi piloto de moto) encontrou um novo caminho.
Passou a fotografar de graça aos sábados e domingos, enquanto ainda entregava durante a semana para pagar as contas. E foi assim que conheceu a Fotto.
Nesta entrevista, Vladimir compartilha os desafios, aprendizados e a conquista de um estilo marcante nas pistas de kart e motociclismo.
Conheça o perfil do fotógrafo na plataforma
Como a Fotto mudou a vida de Vladimir
O primeiro workshop de fotografia esportiva da Fotto em Belo Horizonte, que aconteceu em março de 2024, abriu a porta.
Foi ali que Vladimir descobriu a Fotto e passou a subir seus eventos. Ainda aprendendo, vendia as primeiras fotos por R$6.
E mesmo sem retorno financeiro imediato, decidiu investir. Trocou a câmera, aprimorou a edição, aumentou a qualidade das imagens.
O reconhecimento começou a vir:
“Meu primeiro evento nacional foi a Kart Cup, no kartódromo de Betim, com pilotos do Brasil inteiro. Fiquei o fim de semana todo fotografando, editando, sem dormir. No final, vendi cem reais. Pensei em desistir. Mas em vez disso, resolvi investir. Fiz outro empréstimo e comprei uma Canon T3, de entrada mesmo. As fotos começaram a melhorar. Já vendia por oito reais e vendia bem. Ganhei reconhecimento. A Kart Cup foi importante, mesmo sem retorno financeiro, porque me deu visibilidade. Depois veio a Copa KMKZY, outro evento nacional. Ali sim foi a virada real. Eu já estava com equipamento melhor e mais conhecido. Depois dela, não voltei mais a trabalhar como motoboy. Isso faz um ano e quatro meses. Desde então, vivo da fotografia e da parceria com a Fotto.” - relata Vladimir, sobre o ponto de virada nessa jornada
Hoje, quem acompanha suas imagens reconhece de imediato a assinatura. Fotos vibrantes, cores intensas, contraste forte.
“Acho que meu estilo é reconhecível. Quem vê sabe que a foto é minha. Uso bastante cor, contraste. No início, como eu não sabia fotografar direito, investia mais na edição. Pegava dicas com quem me apoiava. Fui criando meu jeito. Hoje tento sempre transmitir emoção, como uma ultrapassagem, uma curva bem feita. Sou fotógrafo de motovelocidade também, então busco captar o que o piloto sente na pista.” - explica Vladimir
Com a agenda cheia e eventos constantes no Kartódromo de Betim, Vladimir formou uma equipe.
Sua irmã cuida da edição, e novos profissionais estão sendo treinados para acompanhar o crescimento.
A rotina intensa vai de quinta a domingo, e o volume de trabalho exige organização e preparação:
“Estou para contratar mais gente. No kartódromo tem evento todo fim de semana, e a demanda está crescendo. Estou preparando mão de obra para poder expandir a empresa.” - conta
Vladimir se tornou fotógrafo oficial do Kartódromo de Betim. Seus registros ganharam destaque, e os clientes não só compram, eles se conectam com as imagens.
Além disso, ele foi um dos primeiros a testar o reconhecimento numérico da Fotto, ideal para competições com número nos veículos, onde suas vendas deslancharam, como relata:
“A Fotto mudou minha vida. No kart, os pilotos têm número. Antes, era difícil vender, porque os clientes tinham que procurar as fotos. Com o reconhecimento numérico, ficou muito mais fácil. Agora tem também entrega por WhatsApp, que meus clientes pediam. Isso veio com o Fotto 2.0. Hoje eu vendo em média 300 fotos por fim de semana. Em grandes eventos, como as 500 Milhas de Betim, fotografo mais de 10 mil imagens. A Fotto agiliza tudo.”
Ao olhar para trás, ele sabe que a decisão de mudar de vida foi ousada, mas valeu a pena:
“O reconhecimento. Fiz muitos amigos. No kartódromo, quando não estou na pista, estou conversando com todo mundo. Ver um cliente usando minha foto no perfil, receber uma mensagem de agradecimento... isso me motiva. Claro que o financeiro conta, mas a paixão é o que move tudo. Já duvidei de mim por causa de críticas, mas segui em frente. Saí de entregador para fotógrafo e empresário. A Fotto e o kartódromo me levaram a lugares que eu nunca imaginei. Gratidão é a palavra.”
Em um ano e quatro meses, ele não só encontrou um novo caminho com a Fotto, como se tornou inspiração para quem sonha em viver da fotografia com verdade.
